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1ª edição - Junho / 2015

URCA consegue repatriação de fósseis retirados pelo tráfico da Bacia Sedimentar do Araripe

A Universidade Regional do Cariri (URCA) obteve autorização judicial para o repatriamento de cerca de 3 mil fósseis, que estavam em poder da Polícia Federal, sede de Juazeiro do Norte, e da Universidade de São Paulo (USP), com peças repassadas pela Justiça Federal, no ano passado. O material foi contrabandeado e levado da Bacia Sedimentar do Araripe por uma quadrilha internacional, presa em 2013, no interior de Minas Gerais. Ontem, a primeira remessa do material foi resgatada na sede da Polícia Federal, em Juazeiro do Norte. A outra parte se encontra ainda em São Paulo.

No material se encontra diversas espécimes de fósseis, que serão estudadas por equipe do Laboratório de Paleontologia da URCA. Parte das peças, pouco mais de 60 fósseis, foi entregue nesta terça-feira, 05, ao Professor Álamo Feitosa, coordenador do laboratório, e fiel depositário do material perante à Justiça, e ao Vice-Reitor da URCA, Professor Patrício Melo. Álamo esteve na sede da PF acompanhado de estudantes que atuam no laboratório.

A outra parte dos fósseis se encontra no Departamento de Geografia da USP e deverá ser entregue à Universidade Regional do Cariri (URCA) para, em seguida, após triagem e estudos no laboratório, repasse ao Museu de Paleontologia da URCA, em Santana do Cariri, e que atualmente abriga mais de nove mil exemplares fósseis de diversas formações.
Professor Álamo comemora a vitória, pois é a maior restituição de fósseis já registrada na área da Bacia Sedimentar do Araripe. O Vice-Reitor Patrício Melo destaca a importância desse material poder voltar ao lugar de sua origem, para que seja utilizado em pesquisas e estudos desenvolvidos na Região.

O material daria para montar um museu, segundo Álamo, e muitas peças são raríssimas, a exemplo de 'Tupandactylus imperator', um pterossauro apresentado ano passado, por docentes da USP. “É um dos mais completos, já achados na região”, afirma. A URCA fez a solicitação do material após a prisão da quadrilha e buscou sensibilizar a Justiça, inclusive destacando que a Bacia Sedimentar do Araripe tem uma das mais importantes reservas fossilíferas do período cretáceo do planeta, além de contar com um Laboratório de Paleontologia, onde estão sendo desenvolvidos importantes estudos na área, com registros de descobertas inéditas, e o Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri. Os fósseis têm origens nas formações Crato e Romualdo. As peças contrabandeadas seriam levadas para os Estados Unidos, para compor o acervo de um museu particular.

 

Texto e Foto: Elizângela Santos (assessoria de Imprensa da Universidade Regional do Cariri-URCA)

A mais antiga ave brasileira

No início deste mês, a revista Nature divulgou a descoberta do fóssil-ave Euenantiornithes. O fóssil foi encontrado na Bacia Sedimentar do Araripe, interior do Estado do Ceará e analisada pelos pesquisadores Francisco I. Freitas, do Geopark Araripe, José A. Andrade, do Departamento Nacional de Produção Mineral, Ceará,  Ismar de Souza Carvalho, do Instituto de Geociências da UFRJ, Fernando E. Novas, do Museo Argentino de Ciencias Naturales, Federico L. Agnolín e Marcelo P. Isasi, da Fundación de Historia Natural Félix de Azara.

O fóssil da ave deposto em rochas com 115 milhões de anos é o registro mais completo de todo o antigo supercontinente de Gondwana.  Aves da era mesozoica, do Gondwana, são principalmente conhecidas, através de fósseis mal preservados, os quais geralmente não têm detalhes completos da anatomia e de como eram suas penas.

A preservação excepcional deste novo fóssil, com seus frágeis ossos, penas e plumas mostra-se como o mais completo fóssil da era mesozoica de todo o paleocontinente de Gondwana (abrangendo América do Sul, África, Antártica, Índia, Austrália e Madagascar). Sua descoberta revela-se de grande importância para o entendimento da evolução das aves, bem como amplia a documentação das aves mesozoicas com penas preservadas, as quais eram anteriormente conhecidas apenas em poucos afloramentos da China e Espanha.

 

Texto: Thaís Nunes de Brito / Foto: Arquivo Nature Communications

Participação do Geopark Araripe na

Brazil National Tourism Marti

A Brazil National Tourism Marti (BNTM) é uma feira internacional de turismo que ocorre uma vez ao ano em um dos estados do Nordeste. A BNTM 2015 foi realizada no estado do Ceará, sendo a capital, Fortaleza, a sede do evento.

O Geopark Araripe participou do evento com o objetivo de ter seu conhecimento ampliado por empresas e instituições a fim de se apresentar como possibilidade viável e inovadora de produto turístico, na região do Cariri.

Tendo como parceira o SEBRAE – CE, os empreendedores do turismo caririense e rede de hotelaria da região, o Geopark Araripe cumpre o papel de fortalecer iniciativas de turismo sustentável, seguindo a proposta de sua criação.

No mencionado evento, estiveram presentes como representante do Geopark Araripe o Coordenador do Setor de Desenvolvimento Sustentável, José Wilson Lacerda e a Professora Colaboradora, Francisca Eugenia Gomes Duarte, que atuou como intérprete de língua inglesa e espanhola para intermediar a divulgação do Geopark com os investidores estrangeiros.

 

Texto: Thaís Nunes de Brito / Foto: Acervo do Geopark Araripe 

Geossítio Riacho do Meio e o tradicional corte do

“Pau da Bandeira”

Todos os anos, no mês de maio, acontece o tradicional corte do pau da bandeira de Santo Antônio, município de Barbalha, onde está localizado um dos geossítios do Geopark Araripe, o Riacho do Meio.

A festa tradicional envolve aspectos culturais peculiares, pois o referido Santo Padroeiro do município é também reconhecido pelos praticantes da fé católica, como o “Santo Casamenteiro”. Desse modo, o corte é feito como um ritual, a madeira é preparada pelos carregadores e no dia de abertura da festa é carregada em cortejo do local de corte até a Igreja Matriz de Santo Antônio. Conforme o “pau” vai passando, há intervalos de colocá-lo no chão para os carregadores descansarem e as mulheres se sentarem na madeira ou retirar lascas da mesma, fazendo pedidos ao santo em prol de contrair enlace matrimonial. No final, o pau é hasteado com a bandeira do santo padroeiro, no que é chamado de “cama do pau”. Em seguida, inicia-se a grande festa que dura uma semana cheia de manifestações artísticas locais, tais como, quadrilhas, apresentação de maneiro pau, reisado, capoeira, dança do coco entre outras.

Para a escolha do pau são seguidos vários critérios, dentre as cinco árvores que são indicadas apenas uma é escolhida como a haste do pau da bandeira. A haste chega a pesar cerca de duas toneladas e tem aproximadamente 23 metros de extensão. Esta é carregada por 200 homens no percurso de 6 quilômetros desde o local de corte, Sítio Flores, até a Igreja Matriz.

A festa de Santo Antônio é uma das mais conhecidas e tradicionais do Brasil, chegando a receber em torno de 300 mil visitantes nesta época do ano. Há alguns anos, para cada corte feito, outra árvore é plantada, visando o reflorestamento.

 

Texto: Thaís Nunes de Brito e Giane Taeko Mori Rodella / Foto: Elizângela Santos

Curso sobre geoparques na Grécia

O curso internacional sobre Geoparques acontecerá entre os dias 23 de junho e 03 de julho de 2015 na Ilha de Lesvos, na Grécia. Na ocasião será trabalhado o tema “Geoeducação em Ação: Geoconservação, Geoturismo e Desenvolvimento Sustentável”.

O curso foi aberto a todos geocientistas, profissionais de desenvolvimento local e estudantes envolvidos em geoeducação em relação com geoconservação, popularização das ciências da Terra, gestão de geoparque, geoturismo e do desenvolvimento sustentável das zonas rurais.

O evento está sendo co-organizado pela universidade de AEGEAN - departamento de geografia e pelo museu de História Natural da Floresta Petrificada de Lesvos.

 

Texto: Yara Mabele Rodrigues da Silva

Fotos: Acervo do Geoparque de Lesvos (disponível no site do evento)

Equipe do Geopark Araripe

 

Coordenador Executivo

Francisco Idalécio de Freitas

 

Diretor Administrativo

Eugênio Pacelli Coelho de Sá

 

Secretário Executivo

Nivaldo Soares de Almeida

 

Coordenador do Setor de Desenvolvimento Territorial

José Wilson Lacerda

 

Coordenadora do Setor de Comunicação

Giane Taeko Mori Rodella

 

Coordenadora do Setor de Educação Ambiental

Maria Neuma Clemente Galvão

Equipe de Elaboração do Geonews
 

Edição e Produção Textual

Giane Taeko Mori Rodella

Thaís Nunes de Brito

 

Organização de Fotos

Yara Mabele Rodrigues Silva

 

Design

Carlos Robério

 

Colaboradores

Assessoria de Relações Internacionais da URCA - ARI

Assessoria de Imprensa

 

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